Assassin's Creed III é o maior e mais caro projeto já feito pela desenvolvedora francesa Ubisoft, fundada em 1986 e famosa por títulos como Prince of Persia, Far Cry, Just Dance e Rayman. Antes de o jogo chegar às lojas do Brasil, no último domingo (11), mais de 500 pessoas, de sete de seus estúdios em diferentes países, trabalharam por três anos ininterruptos para dar vida à saga de Ratonhnhaké:ton, também chamado de Connor, um descendente de inglês com uma índia norte-americana envolvido na Revolução Americana, no século XVIII. Toda essa produção é a mais audaciosa tentativa de umas das maiores empresas de games do mundo em criar um jogo belo e consolidar a franquia como uma das mais rentáveis "blockbusters" da indústria do entretenimento.
Para criar o game de ação visualmente perfeito, mais de cinco mil animações foram renderizadas apenas para o protagonista; 120 tipos de personagens não-jogáveis preenchem a população de cidades como Nova York, Boston e Filadélfia; sistemas de clima e iluminação únicos, além da caça de duas dúzias de diferentes animais e batalhas navais (uma das principais novidades na série) são alguns dos 145 novos elementos de design que a equipe trouxe para o jogo. Tudo isso no AnvilNext, nova versão do motor que estreou no primeiro game da franquia.
Nós percebemos que a qualidade gráfica de Assassin's Creed III é um dos melhores agentes da série. Entre as principais adições estão o novo sistema de batalha, a simulação do clima e o número de pessoas que você pode ver nas cidades. Você vê mais de duas mil ações acontecendo na tela. Essas melhoras no motor nos deram a possibilidade de fazer coisas que não conseguíamos antes", disse ao Terra Philippe Ducharme, um dos designers do game.
Além dos gráficos impressionantemente chamativos, uma das tarefas da equipe comandada pelo diretor criativo Alex Hutchinson foi melhorar a inteligência artificial dos personagens não-jogáveis, mas essências para a construção do enredo. "Nós também criamos o Homestead, que é uma melhora da vila que tínhamos emAssassin's Creed II, mas que tem muito mais narrativa dentro. Você conhece pessoas, como carpinteiros e caçadores, e elas se juntam à sua comunidade, dividem tarefas e você cria seu próprio sistema econômico, com missões amarradas nesse contexto", explicou Ducharme. Nas grandes cidades, personagens interagem entre si, cumprimentando e fazendo outras atividades, e, nas batalhas, mais duas mil animações são renderizadas para criar um ambiente completo de clima de guerra.
Com grandes títulos cada vez mais se especializando em meios a fim de aumentar seus serviços para os jogadores, com DLCs, central hubs e servidores, além de outros produtos, o modo multiplayer de Assassin's Creed III também teve grande investimento da Ubisoft. "Nós tivemos um estúdio na França que se dedicou inteiramente em certificar que o modo multiplayer ficasse sólido e fosse capaz de entregar novas interações ao título", disse Ducharme. Entre os novos modos estão "Wolfpack", no qual duas equipes tentam achar e eliminar seus inimigos em um tempo limitado, e "Domination", que coloca equipes infiltradas entres a população com a missão de proteger sua área e dominar a do inimigo.
Mesmo com o enredo histórico bem amarrado, os sistemas de clima e simulação do oceano rodando como cinema e inteligência artificial quase que real, a Ubisoft queria dar aos jogadores detalhes e cenários ainda mais completos. Pensando em enriquecer o mundo de Connon, a desenvolvedora implantou dentro de seus estúdios o projeto chamado 50 Novas Coisas, no qual os desenvolvedores tinham um dia da semana para trabalhar em qualquer aspecto do game. "Essa, na verdade, foi uma boa maneira dos membros da equipe tentarem coisas que eles não tinham a oportunidade de fazer", contou Ducharme. "O que fizemos foi, todas as sextas-feiras, ao longo de oito semanas, tentar fazer qualquer coisa que queríamos. Algumas das novidades foram ratos na cidade, pássaros, pequenos elementos que se passam em volta de Connon, a possibilidade de o jogador entrar em casas e prédios e despistar os perseguidores, personagens vistos pela janela interagindo. Muitas dessas ideias fazem parte do jogo final."
Disponível para todos os grande consoles - PS3, Xbox 360, PC e o novo Wii U - e com dublagem em português,Assassin's Creed III também tem uma adaptação para o portátil PS Vita. Chamado de Assassin's Creed III: Liberation , o jogo traz Aveline como a primeira protagonista mulher da série. Na trama, a guerreira terá que lutar pela liberdade de Nova Orleans, comandada pelo Império Espanhol no século XVIII.
Com tamanha produção, comparável ao lançamento de um grande filme hollywoodiano, Assassin's Creed IIIsegue o caminho dos principais jogos AAA, com lançamentos frequentes e uma gama de títulos, serviços e produtos - como histórias em quadrinhos e webséries. Mas o custo para se manter a franquia é alto e arriscado. No dia 6 de novembro, a Ubisoft anunciou uma perda de US$ 74,4 milhões na primeira metade do ano fiscal de 2012-13 devido à produção e promoção de Assassin's Creed III e Far Cry 3. Em compensação, na primeira semana de vendas nos Estados Unidos e Europa, a trama de Connon comercializou 3,5 milhões de unidades e a empresa prevê que seu ano fiscal encerre com vendas de US$ 1 bilhão.
Fonte: http://games.terra.com.br/noticias/0,,OI6291689-EI1702,00-Conheca+Assassins+Creed+III+o+mais+audacioso+jogo+da+Ubisoft.html
Fonte: http://games.terra.com.br/noticias/0,,OI6291689-EI1702,00-Conheca+Assassins+Creed+III+o+mais+audacioso+jogo+da+Ubisoft.html